sexta-feira, 3 de abril de 2009

Poesias

Viagem

Sob as ruínas da Roma de outrora
Meu bárbaro coração avança
Como a noite atrás da aurora
Qual o medo atrás da esperança

Sobre mares nunca dantes navegados
Viajando com lusitanos ou fenícios
Com o Desconhecido por todos os lados
Vou sem temer o fado e seus auspícios

Rezando forte nas tempestades
Matando temores e saudades
Da terra natal, doce e familiar

Mas, tendo novas terras a explorar
Com seus tesouros, possibilidades
E uma nova mulher para amar.

Beijo Eterno

Fecha os olhos e deixa o mundo
Acabar lá fora sem a gente
Quero teu desejo mais profundo
Aqui, agora, urgente e ardente

Quero um doce beijo, sem fim
Porque o Amor não se mede
E Ele existe, acredite em mim
O Amor ganha, nunca perde

Esquece as mazelas e permite
Meus lábios acharem os teus
Como dois caminhos divinos

Não se esconda e nem evite
O Amor que faz nossos destinos
Não quer que digamos adeus.

Refúgio

Quem não precisa de um abraço
De namorada, mãe, cachorro?
Para que a solidão não vire laço
Todos precisam de um socorro

Quem não precisa crer em Deus?
O ateu que na hora da morte
Deseja no além uma boa sorte
Com remorso pelos erros seus?

É preciso um refúgio, um carinho
Pra não se sentir triste e sozinho
Durante o duro andar do caminho

Você sempre precisa de um amigo
Pra ficar de bem com a vida e consigo
Porque um amigo é luz que traz abrigo.

[E.M]

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Mistério

Eu vejo em seus olhos a mágica brilhar
Escuto sua voz e tudo começa a mudar
O que era saudade vira um cálido amor
Abraço-te e sinto o bater do teu coração
Como uma bateria tocando longe e perto
Meu desejo te penetra como um raio
Arrasando árvores de medo e solidão
Será infinito o mistério que trazes na alma?
Será que um dia te decifrarei com calma?
Perco-me no teu corpo, respiro teu perfume
Para um doce lar retorno novamente
Quando durmo dentro de ti e somos
Uma só carne e um só espírito, serenamente
Te quero para sempre, loucamente.

[E.M]

sábado, 14 de março de 2009

Carnaval

Festival da carne, hinos a Baco e a Vênus
E eu vou indo por aí sem o meu amor
Explosão dos sentidos, no fim vazio
Carnaval, desejos que acabam em cinzas

Danças, cantos, beijos e abraços
Goles de veneno em nome do prazer
O hedonismo se despe de todo pudor
E se veste com a sua melhor fantasia

Mistura de sensações, cores e sons
Feromônios que se soltam no ar
Átomos de melancolia dissolvida

Suores, gozos, vertigens, psicodelias
O caminho da libido é a paz
O caminho do orgasmo é uma nova vida.

[E.M]